É hoje! 20 de junho de 2023 é o dia de comemorar os 50 anos do Maverick no Brasil!
A história desse carro é grandiosa e nós temos tratado ela com todo o respeito que merece nos 10 anos que este blog está no ar.
Por mais que 50 anos tenham se passado, resgatamos e ainda temos muita coisa para resgatar sobre a vida deste amado carro.
Estive pensando nessa data nos últimos 3 anos. Minha vontade era fazer um documentário, tipo History Channel, mas realmente estava fora da minha realidade. Então percebi que por mais que nossas pesquisas fossem detalhadas e organizadas cronologicamente, para alguém que chegasse ao blog e quisesse saber a história do Maverick, teria que ler as mais de 230 publicações para entender alguma coisa. Isso não é nem um pouco prático, por isso, resolvi que para os 50 anos, eu faria um vídeo sim, mas com o resumo da história do início ao fim do Maverick no Brasil.
Me dei por satisfeito. Tem muito video sobre a história do Maverick, mas o meu foi feito para contar a história mesmo, com foco no contexto, nos acontecimentos e datas, para que quem assista, entenda o que e como tudo aconteceu.
Vá até o final desta publicação para ver o vídeo. Transcrevi aqui para termos o registro por escrito também.
Bom, eu não gosto de resumos. Já excluíram tanta coisa da
história do Maverick, que resumir é sempre um problema, mas como não temos o
dia inteiro, vou contar a história cronologicamente a partir dos principais acontecimentos.
Você pode ver mais detalhes diretamente no nosso blog.
1971
Sua história no Brasil começa em 1971, quando a então Ford-Willys desenvolvia o Projeto MH, com base no Ford Taunus e então, colocou o Maverick como uma opção a mais para ser o novo Ford brasileiro.
Essa decisão precisava ser tomada rapidamente, pois a
intenção era apresentar o novo carro no Salão do Automóvel que aconteceria em
novembro de 1972.
A Ford passou a fazer testes com o Maverick e o caminho
para a escolha foi se abrindo. Até que Clínicas de pesquisa de opinião do
consumidor foram realizadas onde o resultado foi favorável ao Maverick. O então
presidente da Ford no Brasil, Joseph O’Neiil, levou o resultado para a Matriz e
voltou com a aprovação do Maverick.
1972
Em janeiro de 1972 chegavam oficialmente os primeiros Maverick
para servirem de base na adaptação do modelo ao mercado brasileiro.
A fábrica estava sendo atualizada, mas a Ford ainda
precisava da aprovação do governo. Então o presidente da Ford mundial e Pai do
Maverick, o magistral Lee Iacocca veio para o Brasil falar com o presidente
Médici e resolver a questão. No dia 3 de março, foram aprovadas a produção do
Maverick e a construção de uma Fábrica de motores.
O caminho do Maverick no Brasil estava traçado, assim
como os desenhos do mestre Luiz Hetessy Junior que preparava os detalhes de
ornamentação do nosso Maverick.
A notícia se espalhou e a Ford tinha muito trabalho pela
frente.
Até este momento, não estava certo qual motor o Maverick
usaria, mas ele seria nacional.
O investimento total para o Maverick no Brasil seria de
900 milhões de cruzeiros, trazendo investimento ao Brasil e criando mais de 14
mil empregos.
Os carros que foram importados, estavam rodando em regime
de testes e frequentemente eram flagrados pelas estradas.
A Ford continuou importando mais Maverick. Estávamos em
junho e eles precisariam estar prontos até novembro para o salão do automóvel.
Alguns números:
A equipe responsável pelo Maverick era composta por 150
especialistas;
O Maverick nacional sofreu 921 modificações em relação ao
americano;
Até o seu lançamento, o Maverick já terá rodado mais de 1
milhão de quilômetros em testes pelo Brasil.
A motorização estava definida e seria composta pelo motor
6 cilindros da Willys totalmente renovado, além de um motor V8 importado.
Emerson Fittipaldi, já campeão de Formula 1, fez uma
gravação com o Maverick em Interlagos.
No final de 1972 a equipe da Ford poderia se orgulhar do
grande trabalho realizado. O Maverick estava pronto para o Salão do Automóvel,
onde foi recebido como grande expectativa.
1973
A Ford continuou os testes do Maverick, seja em estradas
ou laboratório.
Em abril de 1973, a produção em pré-série foi iniciada
para que todos os ajustes finais fossem feitos.
Também foi preparado o sorteio do “Primeiro Ford Maverick
fabricado no Brasil. ”
O Maverick, lançado nos EUA em 1969, já tinha atingido
números fenomenais em seu país de origem e seu retrospecto era apontado
diretamente para sua nova jornada no Brasil, porém, parte da imprensa começou a
questionar e inventar coisas sobre o motor 6 cilindros que a Ford utilizaria no
Maverick, fazendo com que ela organizasse uma apresentação do motor para a
imprensa e apontasse todo o longo trabalho realizado. Ficou claro para todos
que aquele motor era totalmente diferente do que equipava o Itamaraty. Foram
gastas 80 mil horas/ homem e mais de 6500 horas de testes em dinamômetro no
desenvolvimento das modificações do motor.
O resultado foi agradável e os jornalistas saíram
elogiando muito o carro, seu motor e desempenho.
No dia 4 de junho tudo estava pronto e o primeiro
Maverick deixou a linha de produção.
Crescia a expectativa para o seu lançamento.
O Maverick foi o primeiro carro que foi lançado fora da
cidade de São Paulo. Sua apresentação estava marcada para acontecer na
Guanabara.
Dia 20 de junho, o Maverick era lançado oficialmente no
Brasil!
A princípio apenas com a carroceria de 2 portas, mas em 3
modelos: Super (básico) Super Luxo (mais bem acabado) e GT, o modelo esportivo.
No dia 29, era a vez dos revendedores receberem os
clientes para mostrar o Maverick.
Como podemos ver, a publicidade da Ford foi completa.
Jornais e revistas do país inteiro noticiavam os acontecimentos etapa por
etapa.
Em seu primeiro dia nas concessionárias, foram vendidas
651 unidades e a Ford teria que correr para conseguir aumentar os números de
produção para atender tantos compradores.
E quem levou o Primeiro Maverick Fabricado no Brasil, foi
a senhora Irene Tucholski, num sorteio que envolveu mais 600 mil pessoas.
Em outubro, a Ford preparou o 1º Raid da Integração
Nacional, onde um Maverick, um Corcel e uma Belina percorreram 16.755 km
passando por todas as capitais do brasil em 23 dias.
Para completar a linha Maverick, no dia 14 de novembro,
era lançado o 4 portas junto com outros opcionais como direção hidráulica, ar
condicionado e câmbio automático. Ele tem o entre eixos 17 centímetros maior
que a versão de 2 portas, oferecendo mais espaço interno e conforto.
1974
A virada para 1974 trouxe a preocupação com o
racionamento e até mesmo o corte dos produtos derivados do petróleo. A boa
notícia foi o reconhecimento e premiação da Ford pela campanha de lançamento do
Maverick.
Lembra da fábrica de motores que foi aprovada junto com o
projeto do Maverick? Ela foi inaugurada em março de 74 e teria sua produção
voltada totalmente para exportação. Estava, até o momento, descartada
possibilidade do uso desse motor no Maverick. O 2.3 OHC era um motor bastante
moderno e seria exportado para a Europa, Estados Unidos e Canadá.
A crise do petróleo batia à porta e a Ford promoveu o
teste de economia para o Maverick 6 cilindros. Participaram jornalistas do
brasil inteiro, que atingiram até 11km/l.
Após a inauguração, em julho, a produção dos motores 4
cilindros 2.3 OHC teve início.
A Ford começou a dar indícios que este motor poderia ser
utilizado no Maverick pois alguns testes estavam em curso.
Em agosto é apresentada a linha Maverick para 1975,
chegando com novas cores, suspensão recalibrada e alavanca de marchas no
assoalho.
Em novembro permanecia a preocupação com o uso do
petróleo, prejudicando a vida de todos.
Paralelo a isso, tinha início o Salão do Automóvel, onde
o Maverick teve bastante destaque, apresentando a versão de corrida, taxi, o
Maverick utilizado no Raid e a linha normal.
1975
A Ford sempre destacou e se apoiou na estrutura do
Maverick para promovê-lo. Naquele contexto de racionamento de combustíveis, ela
indicava que o Maverick era econômico por não gastar muita gasolina, ser
resistente e durável. Sua mecânica simples não o fazia perder tempo com
manutenções demoradas.
Além do Raid, o Teste de economia e as corridas de longa
duração que estavam acontecendo, a Ford promoveu desta vez o teste de
resistência para o Maverick com motor 6 cilindros. José Carlos Pace que acabara
de vencer o GP de Formula 1 em interlagos, foi um dos pilotos escolhidos para o
teste. Foram 20578 km em 14 dias sem desligar o motor, nem trocar o óleo, é
claro. Sucesso! Poderia até mesmo virar um recorde mundial se a Ford tivesse
registrado o feito.
As evoluções não paravam. Em março, a Ford já estudava
modificações estéticas e mecânicas para o Maverick. Tratava-se de mais uma
clínica que em breve mudaria o Maverick.
Em junho, alguns dos estudos já haviam sido colocados em
prática, como novos bancos e o motor 4 cilindros. De fato, a mudança mais
considerável era o motor, que atualizava o desempenho, trazia mais equilíbrio e
economia ao Maverick.
Também foi introduzida a opção de pintura em dois tons e
interior na cor bege.
O Maverick seguia em evolução desde o seu lançamento,
tornando-se um carro cada vez melhor, atendendo as exigências do mercado e dos
consumidores, refletindo no aumento das vendas.
Em setembro, a Ford chegou a marca de 1 milhão e 500 mil
veículos produzidos no Brasil. Este veículo foi um Maverick 4 cilindros.
A Ford era a responsável pela quarta parte de toda a
frota brasileira de veículos.
Paralelo a isso, 90 mil motores já haviam sido exportados
e 40 Maverick haviam sido vendidos para uma empresa de taxi no Chile. Os 40
foram rodando até sua nova casa.
Ainda de olho no futuro do Maverick, em outubro, a Ford
promoveu mais uma clínica mostrando o que poderia ser uma nova fase na linha
Maverick.
O consumo de combustível dos carros nunca havia recebido
tanta atenção até o preço da gasolina explodir. Antes de saber sobre conforto,
aparência e segurança, as pessoas queriam saber mesmo quantos km faz por litro.
Mesmo assim, em 2 anos e 4 meses, o Maverick atingia a
marca de 70.432 unidades vendidas.
1976
Para comemorar os 75 mil Maverick vendidos, a Ford fez
uma edição limitada a 1500 unidades do Maverick que era equipada com vários
opcionais e com um preço especial.
O motor 4 cilindros é cheio de pontos fortes e tornou-se
um grande atrativo par ao Maverick. A Ford não parou de testar seu produto e
tudo isso reforça sua qualidade. Foi feito para durar.
O Maverick tornou-se um verdadeiro amigo. Sempre pronto
para qualquer aventura e que não te enche de problemas.
Uma curiosidade é a réplica do modelo americano Stallion
feito pela Caltabiano. O Maverick serviu de base para muitas modificações.
Se intensificava o uso do Maverick como taxi.
No dia 30 de abril, a Ford produziu o seu Milionésimo
carro no Brasil e este foi um Maverick.
No mês de julho, entravam em produção a Série Ouro –
somente de 2 portas e o Série Prata, somente de 4 portas. Era a segunda vez que
o Maverick recebia uma serie limitada. Esses veículos traziam cores e
equipamentos em combinações exclusivas e bastante atraentes.
A busca por uma alternativa ao petróleo aumentava e o
álcool ganhava força. Um Maverick V8 adaptado a álcool se preparava para testes
em interlagos.
E cada vez mais o álcool foi ganhando espaço.
O salão do automóvel chegou e pudemos ver a renovação que
a linha Maverick recebeu.
Lembra daquela clínica em 1975? Aí está o resultado. Tudo
foi estudado e planejado.
Agora o Maverick tinha ainda mais espaço interno na parte
traseira, suspensão melhorada, atualização de freio, aparência interna e
externa renovada, tudo isso aliado a resistência e confiabilidade que o
Maverick já tinha.
Achou que eu não ia falar das corridas?
Pois bem a história do Maverick nas pistas é grandiosa,
em 1973 venceu as 5 corridas que disputou. Em 1974, participou da Divisão 1,
onde venceu todas as provas do campeonato Brasileiro e acabou vencendo 3 provas
na Divisão 3.
Em 1975 o Maverick foi absoluto, campeão invicto da
Divisão 1 e Divisão 3.
Em 1976 foi campeão novamente nas duas divisões.
As corridas foram perdendo espaço a partir de 1976 quando
a crise do petróleo já era uma realidade no brasil. Em 1977 o público não tinha
mais o mesmo interesse, as equipes também não, novas categorias foram criadas e
o Maverick passou a ter pouca participação. Eram novos tempos.
1977
Os postos de combustíveis iam fechar nos finais de
semana, mas o Maverick 4 cilindros tinha autonomia suficiente para viagens
médias.
O Governo criou o limite de 80km/h visando a economia de
combustível. A coisa estava ficando insustentável!
Duplo circuito de freios com luz de advertência no painel
e botões com iluminação foram algumas das mudanças que o Maverick recebeu para
atender as novas leis do Contran.
O Modelo LDO era a última palavra em luxo na linha
Maverick. Ele tinha exclusivamente o interior na cor marrom e vários itens que
aumentavam o conforto dos ocupantes. Os bancos também eram novos e passaram a
ter regulagem micrométrica.
Realmente estava muito fácil gostar do Maverick.
A Ford seguia com suas exportações de motores que agora
chegavam ao Japão.
Mais economia no Maverick após a utilização de pneus
radiais e nova relação do diferencial.
Pra vender, os carros tinham que abaixar os preços. O
próprio governo incentivava que não se utilizasse os veículos para economizar o
petróleo do país. Era uma situação complicada.
O Maverick LDO chegava perto do luxo oferecido pelo
Galaxie.
Mas estava difícil vender carro. Veja que dos 16 modelos,
das 5 montadoras, apenas 3 deles estão com aumento nas vendas comparado ao ano
anterior. Até mesmo o queridinho fusca estava com dificuldades.
A produção de motores 4 cilindros chegava a 500 mil
unidades. E o Maverick atingia 100 mil unidades vendidas.
E lá estava o Maverick todo aberto para ser analisado de perto,
sem medo de comparações, pois sabe da sua qualidade.
1978
A Ford não teve um bom ano em 1977 e o presidente da
filial brasileira, o grande Joseph O’Neill, disse que na verdade foi um dos
piores anos para a indústria como um todo. O principal motivo apontado era o
preço dos veículos que estavam baixos.
O Maverick seguia cheio de qualidades para mostrar.
Veja só esse levantamento, contando os 6 primeiros meses
do lançamento, o Maverick até então era o 3º mais vendido. E o mais
interessante é que dos 7, ele era o único carro médio. Isso mostra como o
Maverick foi bem aceito no Brasil. Em março, os volantes do Maverick precisaram de mudanças
para se adequar as leis do Contran.
O Maverick tem qualidade de sobra, durante todo o tempo
passou por testes e comprovou sua excelente construção. A propaganda diz:
quanto mais exigente você for, melhor para o Maverick. Infelizmente, as pessoas
não estavam muito exigentes assim, a preocupação maior era para ter um carro de
baixa cilindrada, mesmo que não oferecesse o mesmo nível de conforto e/ou
segurança.
Na copa do mundo de futebol de 1978, um Maverick foi o
responsável por levar e trazer a equipe da Manchete do Brasil à Argentina.
Em agosto, O’Neill confirmou aumento na produção e fez
boa projeção para o ano seguinte.
A linha 1979 do Maverick chegava em outubro com mais
novidades, como ignição eletrônica e embreagem eletromagnética, melhorando o
funcionamento e reduzindo o consumo.
O Maverick chegava ao seu ápice, não ficando um ano
sequer sem atualizações ou sem oferecer algo novo. Só melhorou desde seu
lançamento.
Em outubro, a Ford promovia Joseph O’ Neill, até então
presidente para o cargo de diretor executivo da Ford de Detroit para as operações
de planejamento para a américa latina. O’Neill
fez uma ótima gestão da Ford e agora o cargo ficava nas mãos do Robert Graham.
O’Neill, que era americano, disse em entrevista que não
havia gostado da promoção por conhecer e estar mais perto de sua família no
Brasil.
Naquele mesmo período, Lee Iacocca, presidente da Ford
mundial foi demitido, demonstrando que muita coisa ainda poderia mudar.
Como eram amigos, foi cogitado que O’Neill poderia deixar
a Ford e trabalhar com o Iacocca na Chrysler. Eu tirei essa história a limpo
diretamente com a Zaira O’Neill, brasileira, a mulher que considero a primeira
dama, pois era a esposa do O’Neill e é de fato uma dama, muito educada e
atenciosa. Ela me disse que o Joseph O’Neill preferiu se demitir da Ford e
permanecer no Brasil do que largar sua família, amigos e esse país que ele gostava
tanto. Só foram para os EUA muitos anos depois onde seus filhos estudaram e
criaram raízes. Isso mostra os valores dessa família incrível.
Em novembro de 1978 a Ford inaugurava o campo de provas
em Tatuí. Lembrando que antes disso, o Maverick por exemplo, era testado pelas
ruas e estradas e nos laboratórios.
1979
1979 começa já com a notícia de que a Ford iria parar a
produção do Maverick.
Enquanto que o novo presidente da Ford no Brasil tinha
planos para aumentar a produção do Corcel II, que dividia a mesma fábrica com o
Maverick.
Em abril já tínhamos a notícia de que o Maverick já não
era mais fabricado e que um novo carro só seria lançado em 1981.
1979 também foi o ano em que Henry Ford II renunciou ao
cargo de executivo chefe da Ford.
Estava consumado, o Maverick realmente já não fazia parte
da linha de produtos Ford.
As coisas não eram boas para o mercado de automóveis. As
vendas de veículos tinham caído 30%.
Então, o presidente da Ford no Brasil disse que nenhum
carro seria lançado por aqui até 1981. Colocando fim às especulações e
esperanças para uma oportunidade de o próprio Maverick continuar em produção.
O Corcel sempre foi o principal produto da Ford no Brasil
e, com a saída do Maverick, agora ele tinha toda atenção para receber ainda mais
cuidados e desenvolvimento.
Mais uma troca na presidência da Ford. Mostrando que 1978
foi mesmo o ano onde tudo começou a mudar.
Mas o Maverick não deixou de ser produzido assim do nada
e sem ter vislumbrado uma vida durante os anos 80.
No final de 1977, a Ford iniciou estudos para incluir as
mudanças de estilo necessárias para o Maverick se atualizar frente às
necessidades atuais do mercado de automóveis.
4 propostas foram criadas, mas tudo foi parado quando o
presidente da Ford anunciou que nenhum carro seria lançado até 1981, decretando
assim o fim da produção e de uma provável sequência do Maverick no Brasil, o
último dos 5 países a produzi-lo.
Conclusão
Portanto, vimos que o Maverick foi muito bem aceito em
sua apresentação e lançamento, recebeu melhorias a cada ano, tornando-se um
produto melhor continuamente e não mostrando problemas crônicos. Manteve seu
ritmo de vendas na média entre 1973 e 1976, quando o comportamento dos
consumidores, o mercado em si e o estilos dos carros mudaram, obrigado uma
atualização geral na aparência do Maverick, projeto que foi realizado, mas por
ordem da Ford precisou ser encerrado, assim como qualquer outro plano.
Conviveu num contexto onde a imprensa não era tão gentil,
passou sua vida provando e mostrando sua qualidade, enfrentou a crise do
petróleo e as mudanças de cargos e direções que a Ford teve naquele período. De
fato, o Maverick honrou o significado do seu nome: Diferente, rebelde e que
segue seu próprio caminho. Nada dura para sempre e o Maverick saiu de linha no
momento certo, mantendo sua personalidade e estilo clássico, sem incorporar
parachoques de plástico, linhas retas e faróis quadrados. De fato, o Maverick
não foi um carro para ser produzido por muito tempo, a Ford sempre teve mais de
uma opção, não dependendo de apenas um carro para ficar sendo fabricado a vida
inteira.
Comemoramos os 50 anos de lançamento do Maverick no
Brasil, pois no que depender de nós, essa história nunca terá fim. Parabéns
Maverick e vamos em frente, pois temos muitas coisas para fazer juntos.
Datas Importantes:
24/11/1972 - Apresentação no Salão do Automóvel
04/1973 - Início da produção de Pré-Série
04/06/1973 - Início da produção em Série
20/06/1973 - Lançamento do Maverick
29/06/1973 - Início das vendas nas concessionárias
14/11/1973 - Lançamento da versão 4 portas
06/1975 - Introdução do motor 4 cilindros
04/1979 - Fim da produção do Maverick
Super 2 portas - 1973 à junho de 1975 - 6 cilindros
Super 2 portas - Junho de 1975 à junho de 1976 - 4 cilindros e 6 cilindros
Super 2 portas - Junho de 1976 à 1979 - 4 cilindros
Super 4 portas - 1973 à junho de 1975 - 6 cilindros
Super 4 portas - Junho de 1975 à junho de 1976 - 4 cilindros e 6 cilindros
Super 4 portas - Junho de 1976 à 1979 - 4 cilindros
Super Luxo 2 portas - 1973 à junho de 1975 - 6 cilindros
Super Luxo 2 portas - Junho de 1975 à junho de 1976 - 4 cilindros e 6 cilindros
Super Luxo 2 portas - Junho de 1976 à 1979 - 4 cilindros
Super Luxo 4 portas - 1973 à junho de 1975 - 6 cilindros
Super Luxo 4 portas - Junho de 1975 à junho de 1976 - 4 cilindros e 6 cilindros
Super Luxo 4 portas - Junho de 1976 à 1979 - 4 cilindros
LDO 2 portas - 1977 à 1979 - 4 cilindros
LDO 4 portas - 1977 à 1979 - 4 cilindros
GT - Somente 2 portas - 1973 à 1979 - V8 302
GT4 - Somente 2 portas - 1977 à 1979 - 4 cilindros
*Motor V8 302 sempre foi opcional para todos os modelos acima.
Edição Limitada - 1976, 1500 unidades
Série Ouro - 1976
Série Prata - 1976
De 1973 à 1976, é considerado Fase I
De 1977 à 1979, é considerado Fase II
Produção:
1973 22178
1974 31666
1975 21143
1976 21287
1977 6499
1978 4464
1979 1000
Total: 108.237
Parabéns Maverick e parabéns à todos que mantém essa história viva!
MAVERICK NA HISTÓRIA
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Muito bom!!!
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