Os Maverick do Torneio dos Campeões - Interlagos

A cada dia que passa, descobrimos mais fragmentos da história do Maverick que completam os outros fragmentos que já conhecemos e assim chegamos ao que de fato aconteceu, sem especulações ou achismos.

Tenho muita coisa para publicar, mas a cada dia fico com menos tempo para fazer. Tenho repetido bastante isso, mas é verdade.

Bom, nós temos a maior pesquisa pública sobre o Torneio do Maverick 4 cilindros e hoje vamos expandi-la um pouco mais. Você sabe o que aconteceu com aqueles carros?

Resumindo:

Comerciais inéditos do Maverick!

O Maverick nunca deixa de me surpreender! Mesmo pesquisando há mais de 11 anos, sempre aparece algo "novo" que completa o que já investigamos. Chegamos a um nível que, por mais espetacular que seja o achado, nós já temos outras partes do assunto para poder entender e apresentar o contexto geral.

Já falamos aqui sobre os bastidores dos comerciais do Maverick, mostramos também o Catálogo de propagandas utilizado pelas concessionárias e o material original da J. Walter Thompson sobre a publicidade do Maverick. De fato, mergulhei nesse assunto e fui juntando as partes de incrível quebra cabeças.

Recentemente, tive o prazer de conhecer pessoalmente o Cássio Pagliarini e ele me surpreendeu com uma fita de vídeo original com os comerciais do Maverick. Foi inexplicável ter aquela fita em mãos, ainda mais porque ele me deu de presente! Eu fiquei sem ter o que falar.... Comecei a imaginar se ali teria algo inédito, mas isso daria um trabalho enorme.

Por dentro das Fábricas do Maverick

Para falar do Maverick é necessário expandir a mente e entender que se trata de um automóvel que foi produzido em 5 países e vendido oficialmente no continente americano e no europeu.

Quanto mais nos envolvemos neste assunto, mais descobrimos, fazendo com o que o conhecimento que tínhamos anteriormente seja superado, ficando mais completo e esclarecedor.

Bom, já vimos aqui no blog sobre os países e fábricas que produziram o Maverick, falamos detalhes de como o primeiro Maverick de todos nasceu, mas agora vamos entrar nas fábricas e conhecer como a linha de produção do Maverick funcionava.

Essa pesquisa está cheia de informações importantes e imagens incríveis!

Estamos em 1969:

Quem comprou o primeiro Maverick?

O Primeiro Maverick?

Sim! Como vimos anteriormente no blog, a produção do Maverick teve início no dia 17 de março de 1969 na fábrica de St. Thomas no Canadá. Foi assim que o primeiro Maverick chegou ao mundo.

Também vimos na apresentação do carro, o jornal St. Thomas Times-Journal sendo indicado como o dono daquele Maverick, mas nós queremos saber se o dono era o jornal ou se uma pessoa física.

A resposta veio 1 ano depois...

 

 

1968 - Projeto Delta: O Novo Ford Maverick

Embora eu ainda tenha que atualizar várias pesquisas, já mostrei aqui sobre os anos de 1969 à 1979, que foi o período de produção do Maverick no mundo. De cada história principal saem várias outras histórias paralelas que aumentam o alcance do Maverick no contexto geral e isso desperta fortemente a nossa curiosidade para saber cada vez mais detalhes de tudo o que aconteceu.

Nós falamos aqui que a ideia inicial do Maverick aconteceu em 1966, mas hoje nós vamos para 1968 ver como foi o desenrolar desse projeto e sua repercussão no Brasil.

O que não te contaram sobre Ford Taunus no Brasil

Peguei meu remo mais uma vez, montei no barco em direção a cabeceira do rio. Não é nada popular ir contra o conhecimento comum das pessoas, mas o papel principal deste blog é falar sobre fatos históricos, se vão gostar, não é prioridade.

O Ford Taunus é pouquíssimo conhecido no Brasil, alguns o confundem com o Ford Taurus, mas a maioria mesmo nunca ouviu falar. Onde é que ele é mais citado? Justamente no meio da história do Maverick. De forma geral, a única coisa que as pessoas “sabem” sobre o Taunus, é que ele participou com o Maverick e outros carros de uma pesquisa da Ford no Brasil. Aí os que “entendem” ainda mais, completam dizendo que na realidade, o Taunus era para ter sido fabricado no Brasil no lugar do Maverick.

Sinceramente, esse assunto me deixa muito cansado... o foco aqui será mostrar de onde e quando surgiu o interesse da Ford brasileira pelo Taunus e até onde isso chegou.

O Taunus é basicamente um carro de 1939 que foi evoluindo e se modificando até 1969, quando foi anunciado seu último modelo, o P7. Sim, pois em 1970 a Ford da Alemanha, que fabricada o Taunus, se uniu à Ford Inglesa para formarem a Ford Europa. Foi uma decisão da Matriz visando racionalizar a produção e ser mais competitiva.

Em setembro de 1970, a Ford Europa lançou dois carros, a fábrica da Alemanha o TC e a fábrica Inglesa o Cortina MK3. Ambos tinham a mesma base, mas se diferenciavam pelo acabamento e estilo.

Não se esqueça do P7, ele ficou em produção simultânea com o TC até 1971.

A partir de então, o TC (Taunus/Cortina) levou o nome Taunus em frente. Só para deixar mais claro, existia, portanto, o TC, alemão e o Cortina, inglês. A produção desses carros era de forma semelhante, mas mantiveram suas identidades, mesmo tendo o mesmo monobloco. Resumindo, a Ford Europa tinha 1 base só e a partir dela fazia dois carros diferentes.

Ótimo, até aqui é o suficiente, pois a clínica feita no Brasil onde esses carros foram comparados aconteceu a partir de julho de 1971 e foi aí que a história do Taunus e a do Maverick se cruzaram.

O conhecimento comum sobre o encontro desses dois carros diz que: “a Ford precisava lançar um carro médio no Brasil e para isso fez uma pesquisa onde comparam o Maverick, o Taunus e outros carros. O carro escolhido pelos convidados seria o novo Ford brasileiro. O Taunus venceu, mas a Ford percebeu que não seria possível fabricar este carro no Brasil, então escolheu o Maverick porque este era mais fácil de fazer por aqui. Dizem também que um Maverick era utilizado dentro da Fábrica, indicando que a Ford já tinha decidido pelo Maverick independentemente do resultado da pesquisa, ou seja, já estava tudo armado para o Maverick vir para o Brasil. “

Quem acompanha as nossas pesquisas sabe exatamente onde está cada erro dessa conversa fiada aí.

Nessa pesquisa, vamos chegar ao mais próximo possível da relação da Ford do Brasil com o Taunus e deixar claro se era possível fabricá-lo no Brasil, se a Ford tinha preferência pelo Maverick, vamos falar também da pesquisa/clínica... Nós vamos abranger esse assunto da forma que sempre fazemos, com fontes confiáveis, dentro do contexto e com o máximo de detalhes.

Vamos lá então.

Naquela época...

O Maverick tem 50 anos no Brasil e ouve-se muito o pessoal mais antigo quando lembram do Maverick, dizendo: “ Naquela época só quem era rico tinha um desse”, “Naquela época ninguém queria”, “Naquela época não valia nada” “Naquela época virou moda e todo mundo começou a gostar”....

Tá, mas qual época foi essa? Não dá pra tudo isso ter sido na mesma época. Essas épocas aconteceram mesmo? E na época que estamos, como o Maverick é visto?

 

Farei uma análise dos 50 anos do Maverick no Brasil entrando no contexto de suas diferentes épocas.

Acho que podemos dividi-las APROXIMADAMENTE em 4:

1 – Produção: 1973 – 1979

2 – Inflação e Crise: 1980 – 1995

3 – Resgate: 1995 – 2005

4 – Glória: 2005 – atualmente (2023)

Ficha Técnica Maverick 1979

É muito comum e bem mais fácil encontrar as informações sobre o Maverick a respeito dos anos 1973 à 1975. Daí pra frente, as coisas começam a ficar escassas, levando até as pessoas acreditarem que tudo continuava igual. Acho que isso foi a pior parte, pois começa a bagunçar toda a história por resumir tudo a uma coisa só. As pessoas precisam parar de achar que se ela não viu a informação, significa que a informação não existe. Nada disso, significa apenas que a pessoa não viu.

Aqui no blog já publicamos vários documentos oficiais e outros materiais de época que resgatamos. Ainda tem um manual sobre 1977 que recebi do senhor Baptista e ainda publiquei, mas agora veremos a ficha técnica do Maverick para 1979

 

Luiz Hetessy Junior - Um amor de pessoa!

Um amor de pessoa. Sem dúvida essa é uma forma bastante apropriada para se referir ao senhor Luiz Hetessy Junior. Essa foi a terceira vez que encontrei este amigo. Se você não acompanhou, veja aqui como foram as outras vezes.

Em janeiro quando soube que o Ford Maverick Clube do Brasil estava preparando uma festa para comemorar os 50 anos do Maverick, corri para a Luzia Hetessy, filha do seu Luiz para convidá-los a participar. Fomos alinhando e ajustando e aconteceu. O evento foi abrilhantado com presença mais que especial do senhor Luiz Hetessy Junior que compareceu no sábado com sua filha Luzia, neta Beatriz e genro José Carlos e sua cuidadora, a Vera.

Não é surpresa e nem vergonha dizer que ele nem tinha descido do carro e eu já estava chorando rsrsr, mas essa foi a primeira de muitas vezes que chorei naquele dia.

A última vez que encontrei o seu Luiz foi em 2019 e foi ótimo ver ele sem o aparelho de audição e cheio de energia, assim como foi das outras vezes. No dia 9 de julho, ele completa 88 anos com muita lucidez. Ele disse que agora precisa de uma bengala, que a vista já não é mais a mesma, assim como a firmeza das mãos, mas isso não impediu nem um pouco que andássemos pelo evento olhando o trabalho dele nos Maverick e recebendo os cumprimentos das pessoas que o encontravam.

Maverick no Gran Turismo 7!

E o Maverick não para de surpreender!

Lançado em 1969, o Maverick dá sinais que ainda é um jovem cheio de disposição e com uma lista enorme de tarefas que deseja cumprir.

Se não bastasse toda sua história construída nos anos 70 e desenvolvida durante as décadas, dessa vez sua trajetória atingiu um nível ainda maior.

Em 1997, foi lançado o jogo Gran Turismo que revolucionou a indústria dos games e incentivou muitas pessoas a gostarem de automobilismo, carros e todo esse universo. Esse jogo se destacava pela realidade dos carros, sons, dinâmicas, quantidade de veículos disponíveis.... Realmente era o melhor que se poderia ter.

Os anos se passaram e hoje o Gran Turismo está na sua 7ª versão, é sucesso em todo mundo, conta com campeonatos mundiais e até um piloto brasileiro já foi campeão, mas é claro o Igor Fraga não é qualquer um, esse cara pilota demais!

  

O Maverick Berta-Hollywood em detalhes!

O Maverick de corrida mais emblemático de todos!

Anteriormente, já mostrei aqui no blog a trajetória do Maverick Berta-Hollywood. Vimos ficha técnica, fotos incríveis, informações novas, revista com o carro lá na Argentina... Eu não encontrei outra publicação na internet que reúne tanta informação sobre o Berta-Hollywood quanto a que fiz.

Tive o privilégio de ver este carro pessoalmente em 2021 na oficina do meu amigo Baptista e naquele momento eu fiquei satisfeito por achar que tinha completado o ciclo de, pesquisar sobre o carro e ver de perto. É, eu ainda quero ver ele acelerando em alguma pista por aí, mas já estava muito feliz.

Mas aí é que está, não paro de pesquisar e dessa vez a emoção foi ainda mais forte ao encontrar uma matéria sensacional que é pouco, ou totalmente desconhecida. É sobre ela que vamos falar agora.

 

Prepare-se!

  

 

 

O Maverick é Notícia na Europa e Ásia!

O Maverick é muito mais do que um vencedor de corridas. Ele foi fabricado em 5 países e rodou o mundo, tendo sido visto atualmente em 5 dos 6 continentes.

A sua missão de ser o primeiro carro compacto americano a combater os europeus e japoneses foi tão impressionante que virou notícia no mundo todo.

Damos agora um novo passo nas pesquisas, saindo da órbita dos países onde o Maverick foi produzido e expandindo nosso alcance para o planeta Terra como um todo.

Para não perder o contexto, é importante que você tenha conhecimento do que já falamos nas seguintes pesquisas:

 

1969 - Ford Maverick in American History

1969 - Maverick no Reino Unido

1970 - Maverick com Mão Inglesa

O Maverick pelo Mundo - Around the World

Veremos agora jornais de 11 países falando sobre o Maverick. Se antes tínhamos que saber pelo menos um pouco de inglês e espanhol, agora vamos precisar lidar com idiomas totalmente diferentes.

Preparado?

 

O Maverick do Tom Tjaarda

Em junho de 2017 tivemos a triste notícia do falecimento do Tom Tjaarda e acompanhado dela, a informação de que ele era o “pai do Maverick”.

Desde então tento entender como ele poderia ter sido o “pai do Maverick” e não ter nada registrado sobre ele escrito na história do Maverick.

Quando dizem que o Tom Tjaarda é o “pai do Maverick”, é no sentido de ter desenhado o carro. Tom Tjaarda foi um grande designer especializado em carros pequenos.

Em junho de 2020 eu fiz um vídeo onde explico e mostro que o Tom Tjaarda não participou da criação do Maverick.

Em julho de 2020 eu encontrei o responsável pelo desenho do Maverick, o homem que seria o verdadeiro “pai do Maverick”. Eu não estava satisfeito em apenas saber que o Tom Tjaarda não foi o autor dos traços que resultaram no Maverick, eu queria saber quem realmente foi, se é que seria possível saber o nome da pessoa, pois até então a informação que tínhamos é que os créditos dessa criação eram do departamento de Design da Ford.

Bom, dessa vez foi um site da própria Ford que disse ter sido o Virgil Exner Jr. o autor do desenho inicial que serviu de base para o desenho completo do Maverick.

Ótimo! Nós sabíamos o responsável e a “paternidade” do Maverick estava resolvida.

Eu, Juninho Fonseca, considero como PAI, aquele que idealizou, coordenou, se envolveu com a criação, propaganda e vendas. Esse homem foi o mestre Lee Iacocca.

Essa não é apenas uma constatação minha, o Iacocca era chamado assim na época pelos jornais e revistas, então de fato ele é o Pai do Maverick.

 

Ok, mas onde é que o Tom Tjaarda entra nessa história?

 

Maverick Hot Wheels - A Coleção do Bruno Gastaldi

Em 2017 nós trouxemos o Márcio Marcelo para falar sobre o Maverick na Hot Wheels. A pesquisa do Márcio tornou-se um guia para muita gente pois conta a linha toda de 1970 até 2017 com uma incrível riqueza de detalhes.

A Hot Wheels vai muito além de uma fabricante de brinquedos. Ela faz parte dos esportes, do cinema, da infância, do colecionismo, da história e muito mais.

O Maverick foi escolhido para ter um protótipo logo em seu ano de lançamento e desde então soma 96 versões diferentes.

A linha Maverick da Hot Wheels é mundial e ele sempre aparece nas listas dos Hot Wheels mais valiosos de todos os tempos . 

Em setembro deste ano, o Maverick de corrida do Batistinha foi um dos 5 finalistas do Hot Wheels Legends Brasil.

Tudo isso mostra como o Maverick têm marcado presença de forma relevante em vários nichos da cultura. De forma alguma pode ser considerado apenas como um carro.

 

Bom, vamos conhecer um pouco como o Bruno Gastaldi iniciou sua coleção. Ele também preparou uma apresentação incrível que veremos após a entrevista:

De onde surgiu a vontade de colecionar? E Por que o colecionar o Maverick?

Atualmente possuo duas coleções que são totalmente distintas. Uma coleção está relacionada as miniaturas do Ford Maverick da Hot Wheels, e, a outra, está relacionada ao anime Os Cavaleiros do Zodíaco. De uma certa forma, tanto o carro quanto o anime marcaram positivamente minha infância, e, colecioná-los é relembrar esses bons momentos da minha vida.

 

Selo de Identificação Ford

A História do Maverick não envolve apenas os modelos, os motores e acabamentos, ela abrange tudo o que de forma direta ou indireta estava ligada ao Maverick. Seguindo esse raciocínio, podemos ter certeza que vai levar muito tempo para que conheçamos tudo sobre o Maverick, mas o importante é que já começamos a resgatar toda essa história.

Hoje vamos falar sobre uma curiosidade que é um tanto desconhecida: Os selos de identificação nos carros Ford.

Essa pesquisa surgiu de uma conversa com o mestre Cassio Pagliarini, onde ele explicou os pormenores que veremos sem seguida.

 

Os selos identificavam os carros que teriam acesso às dependências da Ford e, como veremos, não se limitavam apenas aos veículos de sua propriedade.

 

Clínica – Um novo Maverick

Em 1978 principalmente, vimos muito se falar de um novo Maverick que atenderia as necessidades dos consumidores. Ele estava em estudo e substituiria o modelo atual. 78 acabou, 79 chegou, a produção do Maverick se encerrou e não vimos o que aconteceu com essa ideia de “novo Maverick”.

Muito bem, trago esse assunto agora. Passei os últimos 2 meses reunindo informações que me surpreenderam bastante. O Maverick foi tirado de linha sem nenhuma chance de ter continuado? A Ford simplesmente resolveu parar a produção e ponto final?

 

Usam o senso comum para dizer que o Maverick foi descartado ou tratado como uma maldição e por isso chegou ao seu fim. Vamos notar ao final dessa pesquisa que tudo isso não passa de papo furado de quem não sabe o que está falando.

 

O Processo de Pintura do Maverick

Esse é um assunto que dificilmente você conhece ou já ouviu falar. Foi assim comigo quando encontrei esse material.

Os nomes de algumas cores do Maverick causaram grande impacto, mas agora veremos como o metal era preparado, como a tinta era aplicada... todo o processo para deixar o Maverick brilhando.

Vamos utilizar a revista Industrial Finishing de setembro de 1969. Ela está em inglês e eu vou dar aquela traduzida que sempre faço. Pensei em deixar a revista original por completo, mas as legendas das fotos ficariam perdidas entre o texto principal, então só aproveitei as imagens mesmo.

 

O Maverick e as exportações

5 anos após seu lançamento, o Maverick já estava sendo produzido em 5 países das Américas. Isso contribuiu para que ele se espalhasse rapidamente por vários outros países, incluindo os da Europa.

No Brasil foram produzidas 108.237 unidades e muitas pessoas acham estranho e se perguntam onde foram parar todos esses carros visto que atualmente nos registros do DENATRAN constam aproximadamente 17.500 Maverick em situação regular no país.

O que mais se escuta quando esse assunto surge é: “Ah, naquela época ninguém queria Maverick, era barato”; “Ah, eles acabaram porque gastava muito e não tinham valor.” Dizendo assim, passam a ideia de que o Maverick era uma coisa terrível, um monte de porcaria.

Dificilmente vamos ouvir algo que não seja pejorativo sobre a história do Maverick... Mas é por isso que estamos aqui, para resgatar a gloriosa história do Maverick e contá-la como você nunca viu!

São vários os motivos que fizeram o número de Maverick no Brasil diminuir. Vamos falar do mais esquecido deles: As Exportações.

Emerson Leão e o Maverick

Eu não consigo gostar de muitas coisas ao mesmo tempo. Acabo focando toda a minha atenção apenas à uma delas e com isso me torno um pouco seletivo.

Eu cresci ouvindo meu pai falar dos carros que ele teve e sobre o São Paulo Futebol Clube. Daí veio a influência pra gostar dessas coisas. Em 2004 eu tinha 14 anos e era uma ótima época pra ser são-paulino. O tricolor paulista estava montando um time coeso para encarar todo tipo de competição. Em 2005 ganhou 3 títulos, aí veio os títulos do Campeonato Brasileiro de 2006, 2007 e 2008 até dar uma esfriada. Em 2005 eu comprei na banca o pôster do time campeão do mundo, eu tinha revista, um monte de argumento pra debater com os torcedores dos outros times... era legal, mas tudo isso foi esfriando com o tempo.

Em 2007 eu conheci o Maverick. Em 2009 eu comecei a pesquisar mais a fundo sobre ele e pouco tempo depois eu já começava a frequentar os encontros de carros antigos da região. O futebol foi ficando de lado, até que em 2011 talvez, eu rompi de vez após uma eliminação do São Paulo no Campeonato Paulista. Continuo admirando o clube e o esporte, mas sem aquela preocupação toda de antes...

Minhas energias foram todas para o Maverick, o bem que em 2007 eu prometi ter um dia.

Eu fui de um torcedor de futebol, à um amante dos carros antigos, em especial o Ford Maverick. Em 2013 eu comecei este blog e aqui estamos.

 

E daí?

 

E daí que hoje eu estou voltado para falar do Maverick, mas não tenho como ignorar a vida que eu tive antes disso né?

 

Veja, em 2016, uma das minhas pesquisas retornou este jornal:

 

O Ford Maverick na IMSA RS

 Até os dias de hoje, o Maverick tem participado de vários tipos de corridas. No Brasil ele ficou à vontade nos circuitos e nos EUA, sentiu-se em casa nas provas de arrancada. É claro que no Brasil ele também disputou arrancada, inclusive, a primeira prova desse tipo no país foi exatamente uma apresentação promovida pela Ford em Interlagos com 2 Maverick, do Wayne Gapp e Jim Halloran no ano de 1975.

Nós já vimos bastante aqui sobre as corridas de circuito no Brasil e tenho a intenção de falar sobre as arrancadas também (está anotado aqui viu Antonio Rosalvo da Silva, não esqueci). Não é difícil encontrar fotos de época com os Maverick de arrancada nos EUA, até mesmo as fotos do Ford Drag Team e outros grandes nomes da arrancada americana, mas uma coisa que eu sempre procurei eram sobre corridas de circuito nos EUA e é sobre isso que vamos falar agora.

É engraçado que eu estava procurando por outro assunto quando encontrei uma foto de corrida. No mesmo momento mudei o foco da pesquisa e encontrei tudo isso aqui.

A IMSA, (International Motor Sports Association), é a entidade americana fundada em 1969 que organiza corridas em circuitos pelos Estados Unidos.