A cada dia que passa, descobrimos mais fragmentos da história do Maverick que completam os outros fragmentos que já conhecemos e assim chegamos ao que de fato aconteceu, sem especulações ou achismos.
Tenho muita coisa para publicar, mas a cada dia fico com menos tempo para fazer. Tenho repetido bastante isso, mas é verdade.
Bom, nós temos a maior pesquisa pública sobre o Torneio do Maverick 4 cilindros e hoje vamos expandi-la um pouco mais. Você sabe o que aconteceu com aqueles carros?
Resumindo:
Joseph O'Neill disponibilizou 40 Maverick 4 cilindros para o Torneio de Campeões (Interlagos) e o Torneio Sulamericano (Brasilia)
As provas seriam organizadas pela CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) e foram oficializadas pelo CND (Conselho Nacional de Desporto).
Os carros foram preparados de forma igual pelo Antonio Luiz Greco.
35 carros largaram às 12 horas do dia 14 de setembro de 1975 em Interlagos para a primeira bateria de 12 voltas. Alguns acidentes depois, o argentino Carlos Garro venceu com José Carlos Pace em segundo e Ricardo Zunino em terceiro.
25 carros alinharam às 15 horas para a segunda bateria que terminou com a vitória de Luiz R. Di Palma com Carlos Garro em segundo e José Carlos Pace em terceiro.
No geral, o vencedor do Torneio dos Campeões foi o Carlos Garro, seguido por José Carlos Pace e Ricardo Zunino.
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| Acervo Edison Guerra |
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| Parabrisas Corsa 486 |
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| Acervo Herberto Hahmann |
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| Acervo Herberto Hahmann |
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| Acervo Herberto Hahmann |
Portanto, dos 40 Maverick, ao menos 10 ficaram impossibilitados de rodar. Com certeza não era isso que a Ford esperava, provavelmente, esses veículos deveriam estar prontos para a próxima corrida no dia 21 de setembro em Brasília.
Mas então o que aconteceu com esses carros?
Quem acompanha nosso canal no youtube sabe que tive o privilégio de conhecer o Marco Antônio Berwanger e ele tem a reposta completa sobre esse assunto:
Os carros foram para leilão e após o senhor Arno Berwanger ir avaliá-los, enviou sua proposta à Ford:
Aqui vemos não apenas o valor, mas também o pedido para que as peças que foram removidas de acordo com o regulamento da corrida, fossem enviadas junto com os carros. Então, por mais que os carros estivessem amassados, os parachoques, por exemplo, estavam novinhos, pois não foram utilizados.
E o resultado?
O lance foi aceito e os carros foram direto para Novo Hamburgo - RS.
Olha alí o único carro ainda adesivado. O carro que foi utilizado pelo José Carlos Pace na corrida em Interlagos
Que registro incrível!
Foram 5 cegonhas com aproximadamente 9 carros cada. Podemos ver que há outros carros também, mas isso não altera nada o fato de que todo o lote foi comprado pela Novocar.
E aqui a cereja do bolo....
Puxa vida, eu gostaria muito de saber mais desse carro. Vai ser praticamente impossível não temos placa, nem chassis.... mas se não conhecíamos essa parte da história, pode ser que um dia venhamos a conhecer mais coisas que hoje estão "ocultas" e chegar até ele. É sempre assim, uma coisa de cada vez.
Há muita história por trás da história que ficou amplamente conhecida. Explorar esses assuntos e expandir o nosso conhecimento do Maverick é o nosso papel, a missão que temos e da qual não desistimos.
Desses carros, mais histórias surgiram e em outro momento vou contá-las aqui.
Obrigado novamente ao mestre Marco Antonio Berwanger por disponibilizar seu acervo para nós.
Comecei a escrever essa pesquisa em julho e só terminei agora. Realmente não tenho mais tempo... Mas aos poucos a gente chega lá.
Ford abraço!
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