Nos conhecemos em 2013, mas foi em 2018 que passei a ter
mais contato com o seu
Baptista. Ele sempre me tratou bem com uma atenção
enorme. Eu moro um tanto quanto longe e não nos vimos tanto assim nesse
período, mas foi o suficiente para meus parentes acharem “ruim” de eu não ir visitá-los,
mas “sempre” estar com tempo para ir ver o seu Baptista e ir em encontros por
causa do Maverick.
É claro, conheci ele por causa do Maverick, mas logo
fiquei impressionado com a sabedoria, a perspicácia e a serenidade que ele
tinha. O seu Baptista era um profundo conhecedor dos carros e de como lidar com
a vida também. Quando eu ia na oficina encontrá-lo, acabava perguntando e
falando mais sobre a vida e aprendendo das suas experiências do que falando de
Maverick. Eu via, e continuo vendo ele como um exemplo, então nessas horas, o
Maverick realmente não tinha prioridade nenhuma.

Ele viu algo de bom em mim também e falava que quando
chegasse a hora, deixaria o seu acervo sobre o Maverick comigo. Eu não
gostava de ouvir isso e sempre mudava de assunto. Ele sempre tinha um projeto a
mais para fazer e nós ainda poderíamos aproveitar muito da nossa amizade, além
do mais, eu não me via merecedor de receber nada dele, eu é que tinha que fazer
algo. Essa parte era difícil, o Batistão não me deixava nem pagar o café que tomávamos
de manhã no posto. Uma vez eu fui mais ligeiro e consegui pagar. Fiquei muito
feliz, mas é claro, levei uma bronca dele.
Ele foi um Homem fantástico, preferia sair “perdendo” do
que iniciar uma discussão, sempre foi muito receptivo e pronto para contar suas
experiências e também ouvir as pessoas. Aprendi muitas coisas com ele, a mais marcante é que
mesmo tendo uma vida com conquistas e feitos inquestionáveis, dominando por completo
o seu trabalho e não tendo que provar mais nada para ninguém, ele continuava
estudando e procurando um jeito de melhorar como pessoa, melhorar o desempenho
e construção dos carros, aprendendo sobre história...
Ele se cobrava e cobrava aqueles que amava. Ele sempre
cuidou de tudo e estava lá para resolver qualquer problema que aparecesse.
Por mais que ele passasse uma impressão de sério e de
poucas palavras, em momentos de descontração ele contava piadas e divertia a
todos. Nesse ponto ele era terrível e eu ri muito com ele. O humor inteligente era
marcante em sua personalidade.
Infelizmente tudo tem um fim, o seu Baptista foi embora,
mas foi do seu jeito, demonstrando toda a sua força e moral, fazendo o que
sempre fez que é tomar as próprias decisões.
Como eu amava esse cara! Ele sabia disso e eu sempre
deixei claro para ele. Esses pouco mais de 10 anos foram incríveis para mim e
nunca vou esquecer dos exemplos que ele deixou.
Hoje eu tenho o acervo dele comigo, mas na verdade eu me
sinto um guardião do que é e sempre será dele. Por mais que eu tenha um blog
sobre esses assuntos, durante todo esse tempo eu não fiz questão alguma de
explorar esse material além do que já tínhamos visto. O seu Baptista sempre
deixou a disposição, mas quando eu ia lá, não queria “perder” tempo com o Maverick
eu só queria aproveitar a companhia do meu amigo. Como ele faz falta.....
Tenho pra mim que o seu Baptista não era desse planeta,
ele tinha algo de muito especial que está cada vez mais difícil de encontrar na
Terra.
Realmente é uma perda irreparável e que deixa uma saudade
enorme. Nossa missão agora é aplicar esses valores às nossas vidas e seguir o
exemplo que ele deixou.
Obrigado meu amigo.





MAVERICK NA HISTÓRIA
A História do Maverick contada como você nunca viu!
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