sábado, 6 de maio de 2023

O Maverick Berta-Hollywood em detalhes!

O Maverick de corrida mais emblemático de todos!

Anteriormente, já mostrei aqui no blog a trajetória do Maverick Berta-Hollywood. Vimos ficha técnica, fotos incríveis, informações novas, revista com o carro lá na Argentina... Eu não encontrei outra publicação na internet que reúne tanta informação sobre o Berta-Hollywood quanto a que fiz.

Tive o privilégio de ver este carro pessoalmente em 2021 na oficina do meu amigo Baptista e naquele momento eu fiquei satisfeito por achar que tinha completado o ciclo de, pesquisar sobre o carro e ver de perto. É, eu ainda quero ver ele acelerando em alguma pista por aí, mas já estava muito feliz.

Mas aí é que está, não paro de pesquisar e dessa vez a emoção foi ainda mais forte ao encontrar uma matéria sensacional que é pouco, ou totalmente desconhecida. É sobre ela que vamos falar agora.

 

Prepare-se!

  


 

 

Fatos e Fotos 30.12.74

Depois de ficar de boca aberta por alguns minutos vendo a revista, eu finalmente restabeleci a consciência e parti para a análise.

“...esta máquina nunca foi derrotada nas pistas brasileiras porque este carro é o mais veloz do mundo”.

Não tem como ignorar uma frase forte como essa.

A revista é de dezembro de 1974 e o carro já tem a pintura utilizada na temporada de 1975. Então podemos confirmar que estávamos mesmo em dezembro de 74. Sendo assim, de acordo com o que já vi sobre a história desse carro, digo que ele não correu em outro país, se não foi derrotado em pistas brasileiras, não foi derrotado em pista alguma.

Mas ele nunca foi derrotado?

Em 1974 ele participou de 3 provas, a estreia foi com vitória na primeira bateria e ficando sexto na segunda bateria por causa de um pneu furado. Se não foi uma vitória, foi uma derrota. As outras duas provas ele venceu, sempre com facilidade.

Carro mais veloz do mundo... Não tem como ser e ele nem tinha essa intenção. 

As fotos são perfeitas. É o melhor registro de revista e jornal que já vi.

Na parte externa ele ainda carregava frisos e emblemas do Super Luxo e no interior preservava o banco do passageiro.
A asa traseira é mesmo enorme, essa foto mostra um ângulo muito bom.
O motor! O recuo, as 4 weber 48... puxa vida... sensacional!

Lemos que o desempenho é bom nas retas e curvas, em consequência dos apêndices aerodinâmicos.

 

Fatos e Fotos 30.12.74

Olha o interior aí!

Eu achei que após os 500 km de Interlagos daquele ano, o interior iria finalmente ser removido. A corrida foi em agosto.

Forro de porta, bancos, puxador, máquina de vidro, o acabamento da soleira... Um carro de corrida precisa ser o mais leve possível e esses itens são as primeiras coisas a serem arrancadas fora. O Maverick Berta-Hollywood pesava aproximadamente 1400 Kg e ganhava fácil, então acho que dava para ter um “conforto”, talvez até um ar condicionado cairia bem rsrsr.

O painel central e o entre os bancos criados exclusivamente para este carro também são itens muito importantes de se reparar. Parece um extintor do lado do passageiro. Também vemos os pedais, outro item feito sob medida.

 

É muito bom ver o exterior. Esse padrão de pintura foi o utilizado até a última corrida dele na Divisão 3 em outubro de 1975. Não são fotos coloridas, mas acho que seria pedir demais né?

Os pneus GoodYear fizeram falta na estreia, quando um dos Firestone furou e estragou a corrida do Maverick Berta-Hollywood.

O que eu acho mais legal na caracterização desse carro, é terem mantido os emblemas. Ficou um carro com aspecto total e avançado de corrida, com marcas de um carro original. E como vimos, ele tinha tanta potência que carregar esse peso a mais não era um problema.

 

O texto da matéria conta um pouco da história do carro e diz que houve testes dele em Interlagos, onde surgiu a oportunidade desta reportagem. Sensacional!

Em 1974 o piloto do Maveick Berta-Hollywood era o Tite Catapani e para temporada de 1975, foi o Luiz Pereira Bueno que assumiu o volante.

Não era comum carros da Divisão 3 ou Divisão 1 serem mostrados assim.


O Maverick Berta-Hollywood era de fato um carro que sobrava na D3, ele era o mais rápido sem precisar de esforço. Participou apenas de 8 corridas entre 1974 e 1975 com 5 vitórias.

Em 1974 terminou o campeonato em 2º mesmo não participando de 2 etapas e não completando 1 bateria de outra.
Em 1975 terminou o campeonato em 3º após não participar de um 1 etapa, ter quebra em outras 2 e desistir de correr a 2ª bateria em outra ocasião.

Pois é, ele não foi campeão, mas uma vez chegou 42 quilômetros à frente do segundo colocado, batia recorde em classificação e em corrida e, acima de tudo, fazia seus adversários comemorarem o segundo lugar, pois sabiam que mano a mano era impossível.

Este carro é icônico e após a temporada de 1975 passou por vários donos, um deles foi o nosso grande mestre senhor Baptista. Veja o seu relato aqui:

 

 

 

Hoje, como vocês sabem, o carro está muito bem preservado no Museu do Automobilismo Brasileiro, tendo sido apresentado fora dali pela última vez, até onde sei, em 2021 durante os eventos em Interlagos no final de semana da Formula 1.

  



Mais fotos então!

 

1974 – 2021

 

 








  

Eu que achei que a última pesquisa que fiz era o ápice deste blog, fiquei impressionado ao encontrar essa matéria da revista. Isso mostra que não podemos parar de pesquisar e é isso que estamos fazendo há 10 anos aqui no Blog.

A história do Maverick é gigantesca e ninguém vai aprender sobre ela apenas dando apenas uma passada de olho no que aparece por aí, ainda mais se estiver fora do contexto.

Bora encontrar tudo o que for possível sobre o Maverick!

Até a próxima

                                               

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