Hoje vou contar o que conseguimos desvendar por meio do CNM,
quem ajudou e continua ajudando e algumas curiosidades que encontramos.
Bom, mas se você ainda não conhece, clique aqui e veja . Quer participar? Tire suas dúvidas aqui. Depois é só enviar uma foto do carro e uma foto da plaqueta de
identificação. Se não tiver a plaqueta, uma foto do número do chassi já serve.
Certo? Vamos lá então, vou tentar ser rápido e objetivo:
Benefícios:
- Letra W no vinil
- Atualização de códigos de cores, estofamento
- O CNM tornou-se um espelho dos assuntos de produção do Maverick
- Análise de plaqueta original e refeita
- Conseguimos montar a plaqueta com informações coerentes
- Certificado
- Cadastro Denatran
Curiosidades:
- Ano, modelo
- Data da produção do chassi diferente da data do carro
- Encontramos 2 carros com R no eixo
- Números raros de chassi – 75.000, 100.000
- Sequência de chassi de peruas
- GT com câmbio automático
- Chassi maior do que 108237
Benefícios
- Letra W no vinil
Após análises e comparações, encontramos plaquetas com a
letra W no código do Teto de Vinil. Isso desencadeou toda a pesquisa que você pode conferir aqui. Foi um avanço muito importante. Era um dado que até
então não era comentado.
- Atualização de códigos de cores, estofamento...
Percebemos que algumas cores não batiam ou estavam faltando
naquelas tabelas padrão de cores para o Maverick. O mesmo se dava com os
códigos do estofamento que a partir de 75 mudam e não seguem mais a informação inicial da Ford.
- O CNM tornou-se um espelho dos assuntos de produção do
Maverick
Sempre que falei sobre a produção do Maverick, foi baseado
em jornais, revistas e documentos, mas agora podemos ver o reflexo de tudo isso
diretamente nos carros por meio do CNM. Tudo isso traz coerência e reafirma que
estamos no caminho correto.
- Análise de plaqueta original e refeita
Eu gostaria muito que o meu carro ainda preservasse sua
plaqueta original, mas pelo que o antigo dono contou, a porta do motorista foi
trocada e com certeza foi aí que a plaqueta se perdeu...
Como alternativa, podemos até mandar gravar outra plaqueta, mas por
mais bem feito que seja o trabalho da pessoa, fica evidente a diferença para a
plaqueta original. Nós levamos isso em
consideração ao analisar os carros cadastrados, pois talvez as refeitas
contenham informações erradas.
Outra possibilidade é que o dono tenha trocado sua plaqueta
porque trocou o motor, mudou a cor... coisas comuns e normais.
O que dizem muito é que tem gente transformando qualquer Maverick
em GT. Vejam, a pessoa pode até gravar uma plaqueta como GT, mas ela também
teria que mudar o número do chassi gravado no carro. Será que já chegaram a
esse nível?
- Conseguimos montar a plaqueta com informações coerentes
A plaqueta de identificação é muito importante. As
informações dela são encontradas somente no Cartão do Proprietário, mas se já é
difícil ter a plaqueta, quanto mais um cartão do proprietário.
Pois bem, com uma boa base de dados conseguimos calcular a
data de fabricação do Maverick. (Informação que só consta na plaqueta e cartão
do proprietário) Sem a data, não é possível criar uma plaqueta nova para o seu
carro.
O que observamos é que algumas pessoas acabaram colocando
datas totalmente fora do padrão em suas plaquetas. Acredito que por não ter o
conhecimento necessário para isso.
O CNM possui uma “calculadora” monstro que encontra a data
do carro sem plaqueta. Para isso precisamos ter a maior quantidade de plaquetas
cadastradas e esse é um dos motivos que você precisa ajudar participando.
O peso também é interessante. Cada modelo tem um peso
diferente. Temos várias plaquetas refeitas com o peso errado.
Vejam o exemplo do meu carro:
Deixando claro que apenas levantamos a informação. Não fabricamos plaquetas para colocar no carro.
- Certificado
Com as informações da plaqueta, emitimos gratuitamente o
Certificado abaixo:
Você recebe em formato .pdf e pode fazer um quadro,
adesivo... usar da melhor forma.
Muito legal não é mesmo?
O certificado sempre sairá com os dados da plaqueta, como o
carro era originalmente. O meu carro não tinha plaqueta e hoje não está
original, mas conseguimos encontrar as características para montar a plaqueta.
Um motivo para o certificado não sair com as características
atuais do carro:
Como vou colocar que a cor é o Azul da Ranger Splash 1998?
Não funciona rsrsr
Entenderam?
O CNM busca as informações originais do veículo, mas não
deixa os modificados de lado. É por isso que fiz questão de usar o meu carro
como exemplo. Não somos fiscais de originalidade. Queremos os dados do veículo
e que o dono seja feliz com ele.
- Cadastro Denatran
Utilizamos também a base de dados do Denatran para
acompanhar a situação dos Maverick licenciados pelo Brasil. São estatísticas
interessantes e atualizadas a medida que Denatran libera as informações.
Lembrando que há muita variação nas informações do Denatran.
Já vi um documento de Maverick onde estava escrito apenas
FORD
Já vi um 4 portas cadastrado no documento como GT
Por isso não dá pra confiar na descrição do modelo nos
documentos dos carros. As vezes vemos anúncios de venda onde a pessoa diz: GT
de documento. Isso não tem valor, o que vale é o LB5E para GT, LB5A para
Super... e assim por diante.
Acontece que os Órgãos públicos enxergam os carros como números
e pedaços de metal. Nós enxergamos de forma séria, mas com muita paixão e por
isso ficamos de olho nessas coisas.
A boa notícia é que como os dados do Denatran são puxados pelo nome do carro no
cadastro do documento, esses que estão apenas como FORD não aparecem, então a
chance é que os 17564 carros sejam muito mais!
Curiosidades encontradas
- Ano, modelo
Parece muito claro a relação entre ano e modelo dos
veículos, mas vou explicar um pouco.
Ano – ano de fabricação
Modelo – ano com os detalhes daquele modelo
Ex:
Um Maverick 1977 (modelo), mas sua fabricação do final de
1976 (ano).
No cadastro podemos ver em qual mês de cada ano começou
o modelo seguinte. É interessante.
- Data da produção do chassi diferente da data do carro
A princípio eu acreditava que a sequência de produção seguia
a numeração do chassi, mas comparando e aprendendo com o Valter Barragan Neto,
vi que a numeração do chassi é a “menos importante” nesse caso.
Ex:
Temos a data do chassi: LB5BTU =
fevereiro de 1977
Temos a data (data que o veículo deixou a linha de produção
rumo a venda): 08027 = 08/02/77
É possível e existe casos em que o chassi é do mês, por
exemplo, abril e a data do chassi é de maio e nisso a sequência numérica do
chassi já ficou para trás.
Ex:
50001 – abril
50002 – abril
50003 – maio
50004 – abril
50005 – abril
Não vou mostrar o caso real pois não podemos revelar os dados sem aprovação do dono.
Estamos avaliando os motivos disso acontecer. Superficialmente,
pudemos apurar por enquanto que os carros que demoraram mais para ser entregues
continham teto de vinil e ou outros equipamentos do tipo. Não são todos, mas é
uma pista para explicar os fatos.
- Encontramos 2 carros com R no eixo
Não existe o código R para eixo do Maverick. Mesmo assim
encontramos uma plaqueta e a princípio não demos importância, até que apareceu
a segunda e aí começamos a imaginar o que teria acontecido. Temos umas ideias
que podem justificar isso, mas ainda não vou contar.
- Números raros de chassi – 70.000, 75.000, 100.000...
Durante sua produção o Maverick teve edições especiais,
ações da Ford para promover o carro e com isso, alguns números de chassi ficaram em
destaque como o número 70.000, o 75.000 que está no cadastro e o 100.000 que esperamos
ansiosamente pelo seu aparecimento. Também tem o Maverick que foi o veículo número 1.500.000 produzido pela Ford no Brasil.
- Sequência de chassi de peruas
Esse é um caso onde podemos ver claramente como o CNM é um
espelho da produção. Lendo as revistas sobre as peruas, vemos que a Souza Ramos
e a Sonnervig comprariam um “lote” de carros para transformar.
Pois bem, temos uma sequência de 2 peruas seguidas, pula 1
número e a seguinte também é perua. Confirmando o processo de compra que havia
dos carros que seriam transformados em perua.
- GT com câmbio automático
Algumas coisas nós só acreditamos quando vemos. O caso do GT
com câmbio automático no assoalho já foi falado várias vezes pra mim, mas só
acreditei quando a plaqueta e fotos do carro chegaram. Realmente existiu.
- Chassi maior do que 108.237
A pesquisa mais acessada do blog é sobre o último Maverick fabricado no mundo. Como podem ver, foi baseada nos dados da ANFAVEA - Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Não dá pra questionar o trabalho desse Órgão, o Maverick
108.237 é mesmo o último de acordo com a ANFAVEA.
Porém, apareceu chassi maior, o 108.248. Foi assim que
conheci o Marcelo Monteiro.
Não faço ideia do que aconteceu pra ter chassi maiores do
que a própria ANFAVEA contou. Estamos tentando mais informações para encontrar
uma explicação disso.
Enfim, encontramos muita coisa nova, mas não é novidade ter
esses desafios para resolver. Já imaginávamos encontrar coisas “absurdas”, “sem
sentido”, “erradas”... a princípio dizemos isso, mas depois encontramos a
justificativa. Tudo é questão de tempo e vamos precisar pois tem umas coisas
bem complicadas para solucionar.
Esses dias o assunto Trabalho em Equipe tem sido bastante
falado no meu serviço. Eu acho que Trabalho em Equipe é o que estamos fazendo
aqui. Todos estão envolvidos por um objetivo e cada um faz o que pode para
ajudar. Não há vaidade, orgulho, inveja... só há colaboração, proatividade, comprometimento e confiança.
Sou muito grato por ter encontrado e ter sido encontrado por
esses caras:
Cada um ajuda como pode: Coletando plaquetas, distinguindo
código de cores e estofamento, dando idéias, compartilhando informações...
Obrigado a cada dono que enviou os dados do seu carro. Sem a
colaboração de vocês, não chegaremos a lugar algum.
Talvez, esse tipo de coisa não seja do interesse de vários
donos de Maverick, e para os que pensam assim, eu peço que considerem participar pela
História do Maverick. O espírito é fazer em prol do Maverick e estamos
conseguindo.
É um sonho que se tornou realidade. Poder comparar os dados,
analisar os modelos sobreviventes e como estão, ver as particularidades das
plaquetas e finalmente definir (em andamento) uma tabela de cores e estofamento
exclusiva do Maverick, não apenas adaptando de outros carros (Corcel e
Galaxie).
Fico feliz que mais pessoas tenham aderido a essa ideia.
Precisamos de união pois sozinho, ninguém chega a lugar algum.
Ford Abraço!
MAVERICK NA HISTÓRIA
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Oi Juninho, tudo bem? consegue me ajudar aqui numa duvida de COR??? meu carro tem assim na plaqueta original: ...SuperLuxo, Outubro de 75, modelo 76. a COR aparece como FO. Mas e agora irmão??? nas tabelas doidas de cores, oque vale??? ele foi feito no final de 75, a cor que vale é o AMARELO de 1975? ou como ele é MODELO 1976, oque vale é a cor amarela de 1976??? não sei qual escolher, para caso eu vá deixar no amarelo original. Porque pintaram ele de amarelo Carrera. help! :) Abraços
ResponderExcluirOpa! Agora que eu vi. A tabela de cores sempre será de acordo com o ANO MODELO da plaqueta. Nesse caso, a cor é de 76, Amarelo Augusta. Abraço!
ExcluirBom dia Juninho! Tenho um GT V8 1979 LB5E de documento e de chassi. A dúvida é com relação ao documento porque está com 99CV? Tenho uma amigo que possui um GT V8 de documento, chassis e plaqueta original, porém o documento também está com com 99CV. Ele disse que na época colocavam 99CV ao invés de 199CV isto para pagar menos imposto. Está informação procede?
ExcluirBom dia, há muitos casos onde constatamos que o Denatran não segue o padrão da fábrica. O modelo, potência e ano/modelo registrado nos documentos podem ser diferentes do que realmente está no carro/plaqueta. Pode haver vários motivos pra isso, mas no final das contas, temos que separar o que é plaqueta (informação da fábrica) e o que é documento (informação para o governo). Falando-se em originalidade, vale o que diz a plaqueta
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