Entrevista - Juliano Teixeira

Uma das melhores coisas de gostar de Maverick é encontrar mais pessoas com o mesmo gosto. Faz quase 2 anos desde que fizemos a última entrevista aqui no Blog, mas agora voltamos para contar um pouco da história do Juliano Teixeira.
Fizemos contato após a pesquisa sobre o Teto de Vinil com a letra W, ele foi dono de um daqueles carros e contará agora mais detalhes.

Ele mesmo escreveu, vamos lá:



Me chamo Juliano Teixeira e sou o responsável pela V8 Classic Carz – Classics and Hot Cars, tenho 35 anos e sou louco pelos muscle e pony cars das décadas de 60 e 70.
Tudo começou quando eu era apenas um menino e via alguns desses carros pela rua. Adorava o design, a esportividade da época e o ronco embaralhado dos motores. Meu querido pai conta até hoje de quando passávamos em frente à uma loja de carros que existia na cidade, que tinha um Maverick à venda e eu ficava fissurado nele.



Os anos foram se passando e o gosto por antigos, mais especificamente os Mavericks foi aumentando. Participava de todos os fóruns e comunidades, inclusive no finado ORKUT, durante o início dos anos 2000, onde aprendi muito e pude conviver eletronicamente com outros fissurados. Aproveito pra mandar um abraço pro pessoal da extinta comunidade M.A.A., que ao contrário do que pensam alguns, não é Maveriqueiros Alcoólicos Anônimos!!!

Tive a oportunidade de comprar o meu primeiro Maverick um pouco depois do nascimento do meu primeiro filho, por volta de 2012. Era o carro dos meus sonhos, um V8 4 marchas, mas com vários podres, o tanque de combustível era um galão de 20l de plástico e o motor batia bielas como uma bateria de escola de samba. O tempo tinha sido um pouco duro com ele.
E foi por causa desse carro que hoje eu faço o que faço, explico.

Minha formação é em ciências contábeis e ciências jurídicas e sociais (Direito), tendo atuado bastante, apesar de hoje ter diminuído muito para poder dar mais atenção aos carros.
E num belo dia, eu tinha ido pro escritório de Maverick, deixei ele bem em frente pra poder ficar de olho no danado. E, no meio da tarde aparece uma pessoa perguntando do carro, dizendo possuir um também, mas que não estava em condições de rodar, até tinha investido bastante com funilaria e pintura, no entanto, tinham lhe dado um golpe e o carro nunca ficou pronto.
Resumindo, me ofereceu o carro e eu estava tendo minha segunda oportunidade de possuir um Maverick, uns 4 meses depois de ter comprado o V8. Fui olhar o auto e ele estava todo desmontado e precisando de dono. Fechei na hora o acordo!!!

Com dois Mavericks na mão, o que eu poderia fazer... Restaurei, terceirizando o serviço, tirando ele da situação que se encontrava, devolvendo ele às ruas e o vendi logo em seguida.
E foi assim que nasceu a V8 Classic Carz. Livrando carros do ostracismo de uma garagem, barracão ou até mesmo do relento e lhes devolvendo a estrada.

Minha história com o Maverick de vinil W, começou quando fiquei sabendo de um Maverick à venda aqui mesmo na minha região. Logo entrei em contato e fui visitar. O carro estava guardado num condomínio, dentro da casa, mas ao relento. Tinha a tinta toda queimada, aparentava ter um pouco de massa, mas era um bom carro... Quando vi a plaqueta dele já estranhei demais, conhecia somente o vinil padrão preto e areia. Mas o que seria aquele “W”?!?!? A propósito, a cor original dele era bronze lancer metálico com o misterioso vinil W.
A propósito, a tabela do Landau de vinil W para 75 era branco e para 76 verde, dessa forma, concluímos que o carro seria bronze lancer metálico, como vinil verde.
Fora cogitado, a princípio, se tratar de um carro saia e blusa, mas inspecionando melhor, pude encontrar por dentro os locais onde eram instalados os frisos do vinil e, foi daí que parti.

Na viagem para casa, peguei um trajeto de mais ou menos 50km, o que parecia demais para ele. Falhava bastante, perdia força, enfim, estava uma lástima. Descobri depois que era muita gasolina podre e carburador totalmente sujo.
Trouxe o auto pra casa e comecei a pesquisar e conversar com muitos Maverickeiros, inclusive com o Paul Gregson. Apesar de ter tentado entrar em contato com a mãe do carro, a Ford, não obtive nenhuma resposta. Enfim, cheguei à conclusão de que deveria acompanhar o código do Landau para o ano, o que acredito que tenha sido um pedido exclusivo de algum endinheirado na época.
Fiz várias melhorias e a minha intenção era ficar com ele, restaurar para poder voltar à originalidade, inclusive, consegui muitas peças originais que estavam faltando. No entanto, por força do destino, precisei vendê-lo, o que até hoje me deixa chateado. Mas procuro curar isso com uma volta, com bastante emoção e bem divertida de V8tão!!!

Hoje, além de comprar carros que precisam retornar às ruas para dar-lhes de volta a glória e encontrar uma pessoa para cuidar bem deles, fabrico peças customizadas em alumínio e estamos criando uma linha de camisetas com o foco no antigomobilismo.

Aproveito a oportunidade para agradecer à minha esposa, sócia e apoiadora Cintia, meus filhos, familiares e meus amigos e colaboradores Jr. e Doni. Agradecimento especial ao Juninho, que faz um trabalho espetacular e nos abriu esse espaço pra contar um pouco da nossa história.
Enfim, obrigado por ler essas linhas apaixonadas por maveco e, curtam a nossa página pessoal!!!

Muito legal!
Quando falei sobre o Teto de Vinil, fiquei imaginando como seria para o dono lidar com aquele código "estranho". Daí o Juliano entrou em contato e aceitou contar sua história. Fiquei muito contente e espero que outras pessoas tirem proveito das pesquisas do Blog.
O Juliano é muito gente boa e ajudou também com o CNM - Cadastro Nacional do Maverick. Além de ajudar a comunidade de Maverickeiros com informações do tipo, também fabrica algumas peças para manter os Maverick rodando com estilo.
Visite suas redes sociais e confira de perto esse trabalho!

Muito obrigado Juliano, o Maverick realmente transforma nossas vidas. Espero que você tenha muito sucesso! Ford abraço!

Você também tem uma história interessante com o Maverick e quer nos contar? Fale conosco, estamos a disposição.

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